Shanghai, 10 nov (Xinhua) -- Na exposição internacional de importação que está ocorrendo em Shanghai, a Panasonic está impressionando os visitantes com uma máquina de lavar inteligente que identifica automaticamente os tecidos, analisa as manchas, otimiza as configurações de lavagem e pode ser comandada por voz.
"Esta máquina incorpora nossa visão de vida inteligente. Muitos de nossos produtos avançados são concebidos, produzidos e lançados primeiramente na China", disse Tetsuro Homma, vice-presidente executivo da Panasonic Holdings Corporation e executivo-chefe do grupo para a China e o Nordeste da Ásia, na 8ª Exposição Internacional de Importação da China (CIIE), que acontece de 5 a 10 de novembro.
Este ano, a exposição atraiu 290 empresas da Fortune Global 500 e outros líderes do setor, que estão apresentando suas últimas inovações. Como o segundo maior mercado de importação do mundo, a abertura sustentada da China e a busca por um desenvolvimento de alta qualidade estão se combinando para alimentar a demanda global e reforçar a confiança das multinacionais.
Homma observou que seus produtos são desenvolvidos com foco nos desejos da enorme base de consumidores da China.
"Aproveitando os rápidos avanços da China em inteligência artificial (IA), adotamos o DeepSeek e nossos modelos de IA desenvolvidos localmente para criar aparelhos que oferecem suporte a estilos de vida mais inteligentes e saudáveis", disse ele.
Como prova dessa parceria mútua, a Panasonic tem 50 mil funcionários na China, dos quais 10 mil trabalham como engenheiros. As 60 entidades chinesas da empresa contribuem com 30% dos seus lucros globais.
Em 4 de novembro, a gigante norte-americana de ciência dos materiais Dow inaugurou um estúdio de ciência de refrigeração em Shanghai, com o objetivo de atender às crescentes necessidades das indústrias emergentes no mercado chinês, como IA, Internet das Coisas e automação.
A Dow, em sua oitava participação na CIIE, trouxe uma série de produtos inéditos para a edição 2025 desta exposição, incluindo um líquido de resfriamento por imersão projetado para permitir uma operação de alto desempenho e com eficiência energética em centros de dados.
"À medida que a China busca um desenvolvimento de alta qualidade, o país precisa de materiais mais inovadores e de melhor desempenho, e é isso que estamos apresentando aqui", disse Brendy Lange, presidente da Dow Performance Materials & Coatings.
No mês passado, a China divulgou as propostas para a formulação do 15º Plano Quinquenal (2026-2030) para o desenvolvimento econômico e social nacional, delineando novas medidas para expandir a abertura voluntária e unilateral.
Executivos de empresas estrangeiras, incluindo a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, disseram à Xinhua que estão estudando de perto o plano de desenvolvimento.
"A ênfase do documento na prevenção e controle de doenças crônicas beneficiará o povo chinês e está alinhada com nosso compromisso de proteger a saúde pública", disse Christine Zhou, vice-presidente sênior da Novo Nordisk e presidente da Novo Nordisk China.
"Nas edições anteriores da CIIE, muitos de nossos medicamentos foram exibidos na forma de documentos de pesquisa ou itens de exposição. Agora, a exposição se tornou uma plataforma de lançamento para novos produtos na China", disse ela. Desde que entrou no mercado chinês há 31 anos, a Novo Nordisk introduziu 22 medicamentos inovadores e 11 dispositivos de injeção inovadores na China para o tratamento de diabetes, obesidade e doenças raras.
Ao longo de suas últimas sete edições, a CIIE gerou cumulativamente mais de US$ 500 bilhões em transações pretendidas e facilitou mais de 1.100 empresas com capital estrangeiro e agências de promoção de investimentos na realização de atividades de matchmaking direcionadas em toda a China, conectando novos produtos, tecnologias e serviços com as demandas de consumo em evolução dos 1,4 bilhão de consumidores da China.
Wang Xuekun, diretor do Centro de Pesquisa do Fórum Econômico Internacional de Hongqiao, disse que a interação entre empresas globais e a China incorpora o princípio da cooperação mutuamente benéfica.
"O desenvolvimento de alta qualidade da China oferece novas oportunidades ao mundo, estimulando a demanda do mercado e atraindo investimentos, permitindo que as multinacionais obtenham retornos consideráveis ao se envolverem na modernização do país", disse ele.
Nos últimos cinco anos, a taxa de retorno do investimento estrangeiro direto na China permaneceu em aproximadamente 9%, ficando entre as mais altas do mundo.
