Beijing, 2 nov (Xinhua) -- A China expressa sua firme oposição e fez sérias diligências e protestos ao Japão sobre os comentários e as ações errôneas do líder japonês em relação a Taiwan, à margem das reuniões da APEC, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores no sábado.
Nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, a primeira-ministra japonesa Sanae Takaichi postou nas redes sociais fotos e comentários sobre seu encontro e intercâmbio com funcionários das autoridades da região chinesa de Taiwan durante a Semana dos Líderes da APEC, referindo-se à pessoa como "Conselheiro Sênior do Gabinete Presidencial de Taiwan".
Em resposta a uma pergunta relevante, o porta-voz disse que a líder japonesa se reuniu deliberadamente com o pessoal das autoridades da região chinesa de Taiwan durante a Semana dos Líderes da APEC e divulgou isso nas redes sociais, acrescentando que essas ações violaram gravemente o princípio de Uma Só China, o espírito dos quatro documentos políticos entre a China e o Japão e as normas básicas das relações internacionais, além de enviar um sinal gravemente errôneo às forças da "independência de Taiwan".
"Tais ações são graves em sua essência e impacto", afirmou o porta-voz.
O porta-voz ressaltou que a questão de Taiwan é um assunto interno da China e está no centro dos interesses fundamentais do país. A forma como ela é tratada tem impacto sobre a base política das relações sino-japonesas e a sua confiança básica no Japão, sendo uma linha vermelha que não deve ser ultrapassada.
Este ano marca o 80º aniversário da vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês Contra a Agressão Japonesa e da Guerra Antifascista Mundial, bem como o 80º aniversário da restauração de Taiwan, afirmou o porta-voz, salientando que, dada a sua longa história de domínio colonial sobre Taiwan, o Japão tem responsabilidades históricas inegáveis na questão de Taiwan e, por isso, deve agir com ainda mais prudência.
A China insta veementemente o Japão a respeitar o espírito dos quatro documentos políticos entre os dois países e honrar os compromissos assumidos pelo Japão, refletir e corrigir seus erros, tomar medidas concretas para reverter o impacto negativo, parar de interferir nos assuntos internos da China e agir de acordo com sua declaração de construção de uma relação construtiva e estável entre a China e o Japão que é adequada à nova era, alertou o porta-voz.

