Comentário: Ásia-Pacífico deve resistir ao protecionismo e renovar compromisso com a abertura-Xinhua

Comentário: Ásia-Pacífico deve resistir ao protecionismo e renovar compromisso com a abertura

2025-10-31 10:04:06丨portuguese.xinhuanet.com

Foto tirada em 24 de setembro de 2025 mostra banners da Reunião de Líderes Econômicos da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês) em Gyeongju, Coreia do Sul, em 24 de setembro de 2025. (Foto por Jun Hyosang/Xinhua)

A força da Ásia-Pacífico está em sua diversidade econômica e interconexão. Ao rejeitar o protecionismo e resistir à desvinculação, a região pode reafirmar sua liderança na promoção do livre comércio, da inovação e do desenvolvimento compartilhado.

Beijing, 29 out (Xinhua) -- Com o crescimento econômico global enfrentando dificuldades em meio ao crescente protecionismo, a próxima Reunião de Líderes Econômicos da APEC, na Coreia do Sul, chega em um momento crítico.

O mundo observa se a Ásia-Pacífico, a região mais dinâmica e interconectada do planeta, conseguirá demonstrar, mais uma vez, sua determinação em priorizar a abertura e a cooperação em detrimento do isolamento e da divisão.

A Ásia-Pacífico tem sido um motor essencial do crescimento global nas últimas décadas. Lar de um terço da população mundial e de quase metade do comércio global, a região é definida pela diversidade econômica e pelas aspirações compartilhadas de desenvolvimento.

Conforme o mundo lida com incertezas crescentes e tendências protecionistas em ascensão, a Ásia-Pacífico inevitavelmente sente o impacto. Barreiras comerciais se acumulam, rivalidades geopolíticas se aprofundam e o sistema multilateral de comércio está sob crescente pressão.

Contudo, em meio a esses desafios, o compromisso duradouro da região com a abertura, a parceria e o diálogo se destaca como uma força estabilizadora. Isso lembra ao mundo que a cooperação, e não o confronto, continua sendo o caminho mais convincente para a prosperidade compartilhada.

A Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês), o maior acordo de livre comércio do mundo, que reúne 15 economias da Ásia-Pacífico, também se destaca como uma conquista histórica em apoio ao multilateralismo. Mais recentemente, a China e a ASEAN assinaram o Protocolo de Atualização do Acordo de Livre Comércio 3.0, fortalecendo ainda mais a rede de zonas de livre comércio da região, com foco global.

China e ASEAN assinam o Protocolo de Atualização do Acordo de Livre Comércio 3.0 em Kuala Lumpur, Malásia, em 28 de outubro de 2025. (Xinhua/Xing Guangli)

O sucesso da Ásia-Pacífico foi construído não apenas sobre a vitalidade econômica, mas também sobre uma crença coletiva na integração e no benefício mútuo.

Dos polos industriais do Leste Asiático às economias digitais emergentes do Sudeste Asiático, a integração regional gerou prosperidade sem precedentes. Essa história de sucesso foi construída sobre a abertura: mercados abertos, diálogo aberto, além de livre intercâmbio de bens, capital e ideias.

Esse modelo de ganho mútuo tirou milhões de pessoas da pobreza, transformou economias em desenvolvimento em inovadoras globais e aprofundou a confiança por meio da colaboração. Recuar desse fundamento agora colocaria em risco não apenas a estabilidade regional, mas também a recuperação global.

As tentativas de desvinculação, seja no comércio, na tecnologia ou nas finanças, ignoram a forte interdependência econômica que define a região Ásia-Pacífico atual. As cadeias de suprimentos cruzam fronteiras, as redes de produção abrangem diversos setores e a inovação prospera com a colaboração transfronteiriça.

Buscar romper esses laços é tão errado quanto destrutivo. Essas tentativas protecionistas apenas enfraqueceriam a eficiência, aumentariam os custos e sufocariam a inovação. Além disso, a desvinculação contraria o próprio espírito de parceria que tem guiado o desenvolvimento da Ásia-Pacífico por décadas.

A região tem demonstrado repetidamente que a cooperação e a abertura geram prosperidade compartilhada. O fórum da APEC deve continuar servindo como uma plataforma inclusiva para promover o comércio livre e justo, a cooperação digital e o desenvolvimento sustentável.

A China, firme em seu compromisso com o verdadeiro multilateralismo e o regionalismo aberto, continuará defendendo a construção de uma Ásia-Pacífico mais inclusiva. Propostas de Beijing, como a Iniciativa Cinturão e Rota, fortaleceram a conectividade na Ásia e em outras regiões, construindo infraestrutura, facilitando a logística e fortalecendo os intercâmbios interpessoais. De portos no Sudeste Asiático a ferrovias na Ásia Central, esses projetos estão remodelando o desenvolvimento regional e incentivando uma maior interdependência.

As lições da história são claras: quando as economias constroem muros, elas convidam estagnação e desconfiança; quando constroem pontes, podem gerar oportunidades compartilhadas.

A força da Ásia-Pacífico está em sua diversidade econômica e interconexão. Ao rejeitar o protecionismo e resistir à desvinculação, a região pode reafirmar sua liderança na promoção do livre comércio, da inovação e do desenvolvimento compartilhado. Ao fazer isso, ela não apenas protege seu próprio futuro, como oferece ao mundo um modelo de como a cooperação pode prevalecer sobre o confronto e o isolamento.

Fale conosco. Envie dúvidas, críticas ou sugestões para a nossa equipe através dos contatos abaixo:

Telefone: 0086-10-8805-0795

Email: portuguese@xinhuanet.com