(Multimídia) Ameaça de violência política está crescendo nos EUA, diz The Guardian

Foto tirada em 19 de novembro de 2021 mostra o edifício do Capitólio dos EUA em Washington, D.C., Estados Unidos. (Xinhua/Ting Shen)

Londres, 2 dez (Xinhua) -- Em um ano que começou com uma insurreição mortal no Capitólio dos EUA, legisladores americanos viram um aumento acentuado no número de ameaças contra eles, e os temores de que tal tendência continue só cresce, disse o jornal The Guardian em uma reportagem recente.

Depois que o congressista republicano Paul Gosar compartilhou um vídeo de anime alterado mostrando ele matando a congressista democrata Alexandria Ocasio-Cortez e atacando o presidente Joe Biden semanas atrás, todos, exceto três membros republicanos, votaram contra censurá-lo e tirá-lo de suas tarefas do comitê, disse o artigo.

"O incidente de Gosar serviu como o mais recente ponto de dados em uma tendência alarmante na política americana", aponta o texto, observando que a resposta silenciosa dos republicanos ao comportamento de Gosar intensificou os temores sobre a possibilidade de mais violência política nos Estados Unidos nos próximos meses.

Esse ciclo já está acontecendo nos corredores do Congresso, destaca o jornal, citando um relatório deste ano da Polícia do Capitólio dos EUA (USCP), que viu um aumento de 107% nas ameaças contra membros do Congresso em comparação com 2020.

O chefe da USCP, Tom Manger, "espera que o número total de ameaças contra os membros ultrapasse 9.000 este ano", em comparação com 3.939 ameaças desse tipo em 2017.

Algumas dessas ameaças foram exibidas recentemente, com 13 republicanos da Câmara que votaram a favor do projeto de lei de infraestrutura bipartidária no início de novembro recebendo mensagens ameaçadoras, observou.