Desigualdade vacinal prejudica avanço global de imunização contra COVID-19, diz mídia indiana

Nova Deli, 20 set (Xinhua) -- Em um momento em que os Estados Unidos aprovaram vacinas de reforço contra COVID-19, apenas 3,5% dos africanos foram vacinados, informou The Hindu neste domingo.

Citando o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, o jornal indiano destacou a iniquidade vacinal contra COVID-19 em todo o mundo.

Em 14 de setembro, Ghebreyesus revelou que "menos de 3,5% das pessoas na África foram totalmente vacinadas até agora, em comparação com 54% da população total nos Estados Unidos", segundo o artigo.

"Quanto mais tempo persistir a desigualdade vacinal, mais o vírus continuará circulando e mudando, mais tempo a ruptura social e econômica continuará, e maiores serão as chances de surgirem mais variantes que tornem as vacinas menos eficazes", disse Ghebreyesus, sublinhando uma ameaça não só para a África, mas para todo o mundo.

De acordo com o jornal, a desigualdade vacinal entre países de alta e baixa renda é impressionante.

"Mais de 75% de todas as vacinas foram administradas em apenas 10 países ... 60,1% das pessoas nos países de alta renda foram vacinadas com pelo menos uma dose até 15 de setembro, enquanto nos países de baixa renda, foi apenas 3%", disse o jornal.

Citando o escritório regional da OMS na África, o jornal relatou que 42 das 54 nações da África - quase 80% - estão prestes a perder suas metas se o ritmo atual de entregas de vacinas e de imunização não mudar.

Em junho, as nações do G7 prometeram compartilhar 870 milhões de doses com o COVAX, mas liberaram apenas 100 milhões, apontou o jornal, acrescentando que, embora os países de alta renda tivessem prometido doar mais de 1 bilhão de doses, menos de 15% do montante foi entregue de fato.