Especialistas consideram demandas de indenização à China pela COVID-19 "distração inviável"

2020-06-12 19:45:03丨portuguese.xinhuanet.com

Canberra, 12 jun (Xinhua) -- As demandas de reparação à China não apenas não têm uma base legal, mas também são uma tentativa de desviar a atenção da responsabilidade, de acordo com um artigo de opinião do veículo de notícias australiano The Conversation.

No comentário intitulado "Por que pedidos de reparação à China por coronavírus são uma distração inviável", publicado na terça-feira, o autor Luke Moffett diz que, no caso da COVID-19, é improvável que exista uma base legal forte para reivindicar indenização da China sob o direito internacional.

"Apesar dos apelos dos políticos americanos para que as vítimas processem a China, as chances de reivindicar reparações nos tribunais de outros países geralmente não são permitidas sob as regras legais internacionais de imunidade soberana de Estado", aponta Moffett.

"Reivindicar reparações contra uma organização particular e não outras também pode ser uma maneira cínica para desviar a atenção da responsabilidade daqueles que propõem a reclamação", destaca Moffett, também professor de Direito em Justiça Transicional e Direitos Humanos na Queen's University Belfast.

A lenta resposta dos EUA à pandemia, apesar das advertências de seus próprios serviços de inteligência e alertas da Organização Mundial da Saúde "agravou o impacto do vírus - assim como as mensagens confusas do governo sobre a seriedade da COVID-19", afirma.

Ao reivindicar reparações contra a China, Washington alimenta a xenofobia e o nacionalismo, de acordo com o comentário.

"Toda a humanidade é afetada. Em vez de Estados se virarem uns contra os outros, devemos repensar como podemos reconstruir juntos após o vírus", pede Moffett.

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