Nenhuma evidência de manipulação de dados chineses de COVID-19, diz estudo

2020-04-30 15:44:10丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 30 abr (Xinhua) -- Não há evidências de manipulação dos dados de COVID-19 da China usando a lei de Benford, e seus dados devem ser usados não apenas para calibrar modelos para informar medidas políticas para retardar a infecção, mas também para orientar a política em outros países, afirmam pesquisadores.

O estudo datado de terça-feira foi conduzido por Christoffer Koch, economista sênior de pesquisa do Federal Research Bank of Dallas, e Ken Okamura, pesquisador da Said Business School da Universidade de Oxford.

Ao contrário da especulação de que a China subestimou o número de pessoas afetadas pelo coronavírus, usando a Lei de Benford "não encontramos evidências de que os chineses manipularam suas estatísticas sobre o COVID-19".

A Lei de Benford é usada para detectar fraudes ou falhas na coleta de dados com base na distribuição dos primeiros dígitos de dados observados.

Dados chineses de fevereiro já haviam mostrado a eficácia das medidas de quarentena em retardar o progresso da doença, tanto dentro de Hubei quanto em outras províncias chinesas.

O estudo descobriu que "a distribuição dos primeiros dígitos da China para os casos confirmados está em consonância com a Lei de Benford e corresponde à distribuição encontrada nos Estados Unidos e na Itália."

"Para manipular os dados chineses dessa forma, seria necessário que alguém coordenasse anúncios diários em todas as províncias e, ao mesmo tempo, previsse com precisão as taxas futuras de infecção. Isso é improvável", disse.

A pesquisa apontou que as atuais dúvidas sobre a credibilidade dos dados chineses são problemáticas, pois "isso impacta as escolhas políticas subsequentes dos países que vivenciaram a epidemia mais tarde".

Uma vez que a escolha política de muitos países tem sido a de realizar o distanciamento social, proibições de viagens e lockdown com base nos modelos de escolhas bem-sucedidas feitas pela China, "é importante que os formuladores de políticas saibam que os dados são confiáveis", disse.

"A falta de confiança nos dados chineses pode ter levado a uma resposta mais lenta à pandemia emergente na Europa", acrescentou.

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