Nações europeias inauguram medidas de ajuda financeira, já que casos globais de COVID-19 atingem 1 milhão

2020-04-05 11:12:11丨portuguese.xinhuanet.com

Bruxelas/Genebra, 3 abr (Xinhua) - À medida que o mundo luta contra o surto devastador de COVID-19 e os casos confirmados em todo o mundo chegam em mais de um milhão, os países europeus começaram a introduzir mais pacotes de ajuda financeira para ajudar pessoas e empresas contra os impactos da pandemia.

LUTA CONJUNTA

Mais de um milhão de casos confirmados de COVID-19 já foram relatados à Organização Mundial da Saúde (OMS), incluindo mais de 50.000 mortes, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma entrevista coletiva na sexta-feira, observando as profundas consequências socioeconômicas e econômicas da pandemia.

O chefe da OMS destacou a importância de financiar a resposta à saúde, chamando-a de um investimento essencial para salvar vidas, bem como na recuperação social e econômica a longo prazo.

"Estamos em uma luta compartilhada para proteger vidas e meios de subsistência", disse Tedros, sugerindo aos países que aliviem o fardo de suas populações por meio de programas de assistência social para garantir que as pessoas tenham comida e outros itens essenciais da vida a curto prazo.

PERÍODO DE RESTRIÇÃO ESTENDIDO

O chefe da OMS alertou contra tentativas de suspender restrições muito rapidamente, dizendo que o vírus poderia ressurgir e o impacto econômico poderia ser ainda mais grave e prolongado.

Cada vez mais países europeus perceberam os efeitos da quarentena e decidiram estender as medidas relacionadas.

Na Itália, que tem sofrido o impacto sombrio do coronavírus, o governo estendeu o bloqueio nacional até 13 de abril.

Especialistas do Instituto Nacional de Saúde (INS) e do Conselho Superior de Saúde confirmaram na sexta-feira uma diminuição diária moderada no número de novas infecções.

Até o momento, a pandemia de coronavírus matou 14.681 vidas na Itália fechada, enquanto a Espanha registrou um número total de mortes de 10.935.

O ministro do Interior da Espanha, Fernando Grande-Marlaska, disse na quinta-feira que o governo está considerando estender o Estado de Alarme, que foi imposto no dia 14 de março e expira no dia 12 de abril.

"Estamos diante de uma situação dinâmica e em mudança. Conversamos com o comitê científico todos os dias para decidir qual a melhor maneira de proceder", disse ele, destacando como o crescimento de novos casos confirmados de COVID-19 diminuiu na última semana.

No vizinho Portugal, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa anunciou uma extensão de 15 dias do Estado de Emergência, a fim de combater a pandemia do COVID-19.

Na Bulgária, a Assembleia Nacional do país aprovou na sexta-feira a extensão do estado de emergência nacional até 13 de maio, em uma tentativa de conter a propagação do COVID-19.

ALÍVIO DO PROBLEMA ECONÔMICO

Enquanto o problema econômico é sentido em todo o continente, os países europeus também propuseram pacotes de ajuda para auxiliar pessoas e empresas em extrema necessidade.

O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, disse na sexta-feira que o governo está considerando nacionalizar, por um período limitado, as empresas que sofrem com a turbulência do mercado financeiro devido à epidemia de coronavírus.

"É simplesmente uma questão de fazer com que o Estado proteja as empresas, por um período limitado, participando ou possivelmente nacionalizando temporariamente", disse Le Maire à France 24 e à rádio RFI.

O ministro observou que o governo usaria todos os meios, incluindo a recapitalização, para apoiar as empresas afetadas pelo surto de coronavírus, principalmente aquelas que lidam com empresas de automóveis, transportes e turismo.

O governo francês estava mobilizando 45 bilhões de euros (48,5 bilhões de dólares americanos) para ajudar as empresas a se manterem à tona durante o surto de vírus, consistindo em grande parte dos diferimentos de impostos e folha de pagamento.

Entre os outros remédios, as empresas domésticas em dificuldades se beneficiariam de garantias de empréstimos estatais no valor de 300 bilhões de euros, o que poderia ajudar os bancos comerciais a reduzirem a exposição potencial a perdas com empréstimos.

Também na sexta-feira, o governo finlandês anunciou ajuda financeira direta adicional a empresas de médio porte, que devem ter sido lucrativas antes da crise do COVID-19 e devem movimentar mais de 10 milhões de euros.

A promessa de ajuda de 150 milhões de euros da sexta-feira segue a autorização de um bilhão em ajuda e 10 bilhões em garantias de empréstimos, onde as garantias estatais cobririam 80 por cento, e o restante 20 por cento permanece como risco do credor.

O governo também lançou vários planos legislativos para facilitar a posição dos empresários. O direito dos credores de declararem falência seria limitado e as taxas cobradas pelos coletores seriam reduzidas.

Na Alemanha, o governo anunciou na quarta-feira que apoiaria start-ups com 2 bilhões de euros (2,2 bilhões de dólares) durante a crise do coronavírus.

O capital de risco do governo seria ampliado para que "rodadas de financiamento para empresas promissoras e inovadoras da Alemanha possam continuar ocorrendo", disse o ministro de Assuntos Econômicos e Energia, Peter Altmaier.

No curto prazo, fundos adicionais seriam dados aos investidores públicos de capital de risco. Os fundos também podem ser usados em co-investimentos com investidores privados para financiar rodadas de start-ups, de acordo com o Ministério.

Além disso, o investidor alemão de fundos guarda-chuva, KfW Capital, e o Fundo Europeu de Investimento (FEI) poderiam adquirir ações de investidores em falta, segundo o Ministério.

O governo grego também apresentou na quinta-feira um orçamento suplementar no valor de 5 bilhões de euros (5,43 bilhões de dólares) para financiar medidas de apoio econômico anunciadas para empresas e indivíduos atingidos pela pandemia. (1 euro = 1,08 dólares americanos)

 

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